Será que as medidas de controlo da queima de resíduos tóxicos estão s ser cumpridas?
Como são filtradas as poeiras da queima e como estão a ser monitorizadas?
Declarações do ministro do Ambiente
Co-incineração: Governo defende validade do estudo de impacte ambiental no Outão
25.01.2007 - 16h29 Lusa
O ministro do Ambiente, Nunes Correia, considerou hoje válido o estudo de impacte ambiental realizado no final da década de 90 na cimenteira da Secil, no Outão, alegando que o início da co-incineração sofreu um adiamento por razões políticas.
O Tribunal Administrativo e Fiscal de Almada decretou ontem a suspensão da co-incineração na Secil, mas Nunes Correia, no final da reunião do Conselho de Ministro, reiterou que o Governo vai recorrer dessa decisão.
"O tribunal é soberano nas suas decisões e vamos obedecer. Mas usaremos os meios jurídicos, recorrendo da decisão", declarou o ministro do Ambiente.
Nunes Correia recusou a ideia de que tivesse existido co-incineração na cimenteira da Secil antes de um estudo de impacte ambiental.
"O estudo de impacto ambiental foi feito, teve discussão pública e a Secil obteve uma declaração favorável", sustentou o ministro do Ambiente.
Segundo Nunes Correia, após esse estudo de impacte ambiental não se iniciou logo em seguida a co-incineração na cimenteira "porque houve no país alterações de ordem política", com a chegada ao Governo da coligação PSD/CDS-PP, em 2002.
"Houve alterações políticas, mas não houve qualquer alteração ambiental [no Outão, serra da Arrábida]", argumentou o governante, considerando que ainda se encontra válido o estudo de impacto ambiental realizado no final dos anos 90.
O ministro do Ambiente sustentou depois que, com o recente início da co-incineração, ficou demonstrado que este sistema de tratamento de resíduos apresenta vantagens do ponto de vista ambiental.
"Uma análise independente demonstrou que os dados das emissões são ligeiramente melhores do que os resultantes de resíduos banais e francamente melhores do que os referentes a combustíveis tradicionais", alegou.