domingo, 1 de novembro de 2009

O valor da BIODIVERSIDADE

Millennium Ecosystem Assessment (Avaliação do Milénio de Ecossistemas)
- Projectado para fornecer informação à Convenção da Diversidade Biológica, Convenção do Combate à Desertificação, Convenção sobre as Zonas Húmidas (Convenção de Ramsar) e Convenção sobre Espécies Migratórias.
- A ONU tem uma página dedicada a este tema e em Portugal o Doutor Henrique Miguel Pereira, desenvolve trabalho de investigação científica no Centro de Biologia Ambiental. Além disso, é o Director da Avaliação Portuguesa do Millenium Ecosystem Assessment (MA).
- O MA foi pensado para fornecer parte da informação científica necessária para a implementação da Convenção da Diversidade Biológica, da Convenção do Combate à Desertificação e da Convenção sobre as Zonas Húmidas (Convenção de Ramsar). O MA foi lançado a nível mundial pelo Secretário Geral das Nações Unidas em Junho de 2001. É uma avaliação multi-escala, consistindo em avaliações interligadas aos níveis global, sub-global e local. Existem cerca de 15 avaliações sub-globais, entre as quais as da Noruega, do Sul de África, da América Central e da China.
- A Avaliação Portuguesa (ptMA) está a analisar a condição dos serviços dos ecossistemas em Portugal, tendências recentes nesses serviços e cenários para os próximos 50 anos. A Avaliação Portuguesa é composta por uma equipa científica e por um grupo de utilizadores, que são os principais destinatários da informação a ser produzida e também partes interessadas ("stakeholders") nos ecossistemas a serem estudados. A equipa científica é composta por mais de 30 cientistas, de diversos campos, incluindo economia, sociologia, biologia e engenharia florestal. Os utilizadores representam diferentes sectores da sociedade, incluindo governo nacional e local, organizações não governamentais, agricultura e indústria.

Notas:
- Vida na Terra continua a depender da saúde do mundo natural;
- Conhecimento das culturas dos povos da Terra;
- O impacto humano sobre os ecossistemas passou por mudanças radicais no século passado;
- Desafios para o séc. XXI, uma gestão eficaz dos ecossistemas do planeta, para o bem-estar das futuras gerações;
- Desenvolvimento sustentável
O desenvolvimento que procura satisfazer as necessidades da geração actual, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem as suas próprias necessidades, significa possibilitar que as pessoas, agora e no futuro, atinjam um nível satisfatório de desenvolvimento social e económico e de realização humana e cultural, fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos da terra e preservando as espécies e os habitats naturais;

- Economia sustentada
É assim que o desenvolvimento é um valor qualitativo, não é apenas o PIB (produto interno bruto), dos Estados ou das regiões, o desenvolvimento é um princípio fundamental que engloba diferentes dimensões, a sociedade, a cultura, o ambiente e a economia. Já Stuart Mill, procurava novos indicadores, 6 novas dimensões de avaliar qualitativamente o desenvolvimento e bem-estar, no entanto esses indicadores deverão ser actualmente globais, porque o que fazemos na nossa casa, tem impacto no outro lado do mundo.
A noção de desenvolvimento sustentável e as estratégias vão da escala local à global, o desenvolvimento sustentável tem subjacente um valor de compromisso e solidariedade com as futuras gerações, de modo a assegurar a qualidade de vida humana e do planeta. Implica a integração equilibrada e sustentável das três dimensões essenciais: económica, social e ambiental. O desenvolvimento sustentável assume-se como um desenvolvimento integrado que engloba diferentes dimensões da vida, é um visão sistémica e holística da realidade, não apenas ligado à preservação dos recursos naturais. É então um imperativo da redefinição das sociedades e das políticas públicas e internacionais;
- Convenção sobre a Biodiversidade (Decreto Legislativo no. 2, de 5 de Junho de 1992 - Brasília-DF);
- Salvaguarda da Biodiversidade.

Concluindo:
- O valor da biodiversidade é fundamental para a sobrevivência do homem e organismos vivos do Planeta Terra.
- Organizações, cimeiras, leis, tomadas de posição e intervenções correctivas, não podem ter sustentabilidade, sem a ajuda politica/financeira dos governos de todos os países.
- O “inanimismo”, “o deixa que os outros fazem”, não pode continuar pois a defesa da biodiversidade tem de ser una, utilizando sinergias, global e ajudada pelo “poder económico”.
- Para terminar uma boa notícia que resumo num parágrafo “… Alemanha deu o exemplo ao anunciar que vai destinar bilhões de euros nos próximos anos para proteger as florestas (28-Maio-2008, http://www.greenpeace.org/brasil/amazonia/noticias/tora-queima-emprotesto-nas-ag)

Fontes:

1 comentário:

Jorge Ramalho disse...

Oi Jorge,

Uma visitinha médica só para te deixar um pequeno comentário sobre"Níveis de biodiversidade"

POPULAÇÕES/ESPÉCIES

Riqueza de taxa: Dos 35 filos existentes de animais multicelulares 34 ocorrem no mar, 16 destes são exclusivamente marinhos e alguns dos outros estão pouco representados no meio terrestre.

O potencial da vida depende da preservação dos taxa superiores à espécie. Os taxa que evoluíram separadamente apresentam genes e combinações genéticas únicas.

A função dos ecossistemas depende da variedade de espécies (por exemplo escaravelhos não podem substituir microorganismos, apesar de ambos serem decompositores).

Parabéns, tens cá um blog e peras! he, he. Um abraço,

Jorge Ramalho